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Um blogue de ensaio e erro sobre Economia.

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31.5.03

A história de De Soto

Uma das razões para justificar o fraco crescimento de muitos países tem sido a qualidade das suas instituições. Este é um exemplo clássico. Em 1983 uma equipa de investigadores liderada por De Soto começou um negócio nos subúrbios de Lima, no Peru. O objectivo consistia em medir os custos de cumprir os regulamentos necessários e toda a burocracia. Resultados:

- 11 regulamentos oficiais.
- levou 289 dias.
- pagamento de dois subornos (apesar de terem sido pedidos dez, pagaram apenas o essencial para continuar o projecto).
- a estimativa do custo de começar um pequeno negócio atingiu 32 vezes o salário mínimo mensal.

O primeiro capítulo do livro (The Other Path).

30.5.03

Paper extraordinaire (Hal Varian)

Abstract
This is an overview of economic phenomena that are important for high-technology industries. Topics covered include personalization of products and prices, versioning, bundling, switching costs, lock-in, economies of scale, network effects, standards, and systems effects.
Most of these phenomena are present in conventional industries, but they are particular important for technology-intensive industries. I provide a survey and review of recent literature and examine some implications of these phenomena for corporate strategy and public policy.


Para quem gosta de Economia Industrial e tem algumas noções básicas (sobre estrutura de custos, procuras, elasticidades, etc), este paper (ou overview) é fabuloso. Resume diversos aspectos da Economia Industrial, aplicando sempre às tecnologias de informação. Lê-se em trinta minutos e não é nada complicado. Vale realmente a pena.

Escondam as vossas filhas, tranquem as vossas mães

Lembram-se de como as presidenciais portuguesas estiveram animadas há uns dias atrás. Pois bem, nada bate as presidenciais europeias. Depois dos nomes publicados no THE TIMES (onde figurava, entre outros, o nosso Guterríssimo), um colunista do Finantial Times propôs um nome vencedor: Bill Clinton. Até agora, é o meu candidato.
Acabei de perder qualquer réstia de seriedade neste blog.

29.5.03

Futurologia

Continuando os posts tristes (só faltava escrever nalgum lado "este post não deve ser lido por ninguém" ou "esta pessoa sofre" e ter tanta piada como a produção portuguesa da SIC Radical).

Descubra as diferenças:







Dizer que uma é rapariga não vale.

Post desinteressante

Pois é. Tem-me faltado tempo. Tenho lido pouco, as consequências estão à vista. O post desinteressante.
Pessoas chegaram a este blog depois de terem pesquisado (bocejo):

- "os dois lados violaram a convenção de"
- "Viscusi's number"
- "evasão fiscal nos EUA"
- "keynesianismo"
- "consequência monetária do conflito entre EUA e Iraque"

Que coisa triste.

28.5.03

Econoblogs

Em sequência dum simpático mail de João Branco, descobri uma série de blogs americanos sobre economia. Muito para ler. Brevemente acrecentarei uma secção nos links sobre isto. Entretanto, relatos das primeiras leituras: críticas a pseudo-economistas e críticas a Don Luskin e à National Review.

27.5.03

Guterres na presidência Europeia? Porcos a voar?

Na barrinha azul do Telejornal li também que Guilherme Silva, comentando a possível candidatura de António Guterres a futuro presidente da União, diz que não é assunto para uma luta partidária mas de interesse nacional. Para mim é sempre cómico reparar que há pessoas que acham que um presidente europeu português ajudará a defender o interesse nacional. Como se o facto dum presidente (da assembleia, por exemplo) ser açoriano implicasse que este defendesse o interesse regional açoriano. No entanto, esta crença parece espalhada em todos os governantes europeus, culminando em casos aberrantes. Veja-se a reacção da comissária espanhola ao caso Prestige. Até na comissão, que supostamente defende os interesses da União e não dos países, há este desvirtuamento da lógica comunitária. Enquanto os dirigentes europeus não defenderem a União Europeia, isto é tudo uma brincadeira de crianças.
Ah, e Guterres não deve ser presidente europeu, não por razões ideológicas (que seriam legítimas), mas por razões de competência. Para mim, foi Game Over.

Filhos de Hayek, acordai!

Hoje pude ver o nosso primeiro-ministro a anunciar os três pontos principais dum futuro contrato social de médio prazo com os parceiros de concertação social. Consolidação orçamental, aumento de produtividade das empresas e maior justiça social. Porque é que os blogs liberais (pelo menos os mais próximos de Hayek) não se exaltam perante esta defesa aberta e declarada de maior justiça social? Nem é a primeira vez que Barroso a refere. Será que o anúncio não é credível? Será que eles pensam que não passa de demagogia?

Morais Sarmento no de Esquerda

Partilhei a estupefacção pela notícia sobre a RTP2.

24.5.03

No Expresso

Linda Rita
Desde 1976, com Carlos do Carmo, que não se deixava nas mãos de um só cantante a responsabilidade de representar o canal estatal no Festival da Eurovisão da Canção. É o que vai fazer Rita Guerra. Como se valesse a pena.


23.5.03

Tax lunacy

O editorial do Finantial Times de hoje é agressivo. Vale a pena ler este texto:

President George W. Bush declared victory yesterday in the long-running congressional wrangle over his tax proposals. "This is a Congress which is able to identify problems facing the American people and get things done," he said after House and Senate Republicans struck a deal on a $350bn tax cut over 10 years. If only that were true.
The long-run costs of financing huge US fiscal deficits, which stretch far into the future, will weigh heavily on future generations. With little of the tax cut having an immediate effect, the necessary short-run economic stimulus will be negligible.
Democrats are prone to exaggerate the culpability of the current administration in the deterioration of the US public finances from a surplus of 1.4 per cent of gross domestic product in 2000 to a projected 4.6 per cent deficit this year. The Congressional Budget Office estimates that only a third of this deterioration is due to legislative changes, the rest being either due to the cyclical downturn or excessive optimism in previous tax forecasts. The fiscal loosening over the past few years has mitigated the economic slowdown. But those caveats aside, on the management of fiscal policy, the lunatics are in now charge of the asylum.
Including "sunsetting" provisions to cut the 10-year cost of the tax measures is an insult to the intelligence of US people. Anyone who genuinely believes that in 2007 Congress will automatically reverse these tax cuts needs therapy. Much of Mr Bush's 2001 tax-cutting package was also deemed temporary, only for the measures to be made permanent later.
Long-run US fiscal forecasts are still based on unrealistic assumptions of spending restraint that have not been met, either by this administration or by its predecessor.
And the latest wheeze in Republican circles is to dismiss forecasts of fiscal deficits because they rely on "static" forecasting techniques. "Dynamic scoring" which takes account of the effect of tax cuts on economic growth would transform the picture, they insist. But the evidence is not so kind to these assertions. The 1990s, when taxes were raised, was one of the more dynamic in US history; and fiscal deficits raise the cost of capital, reducing growth.
Never mind these facts, more extreme Republicans often say, big deficits are in our interests. Proposing to slash federal spending, particularly on social programmes, is a tricky electoral proposition, but a fiscal crisis offers the tantalising prospect of forcing such cuts through the back door.
For them, undermining the multilateral international order is not enough, long-held views on income distribution also require radical revision. In response to this onslaught, there is not much the rational majority can do: reason cuts no ice; economic theory is dismissed; and contrary evidence is ignored. But watching the world's economic superpower slowly destroy perhaps the world's most enviable fiscal position is something to behold.

Vai uma demissão?



E duas?

Jorge Sampaio: pacto de estabilidade é para cumprir "mais ou menos"

Bom, pela mesma ordem de razões, o facto de Jorge Sampaio ser presidente eleito num estado democrático também deve ser para cumprir "mais ou menos". Se tivermos em conta as barbaridades que se tem ouvido nos últimos dias, vinha mesmo a dar um jeitaço.

Ilusão Fiscal Optimista (subdimensionamento do Estado)

Um clássico:

We are curiously unreasonable in the distinctions we make between different kinds of goods and services. We view the production of some of the most frivolous goods with pride. We regard the production of some of the most significant and civilizing services with regret.
In the general view (...) public services may be necessary (...) but they are a burden which must, in effect, be carried by the private production. If that burden is too great, private production will stagger and fall.
Such attitudes lead to some interesting contradictions. Cars have an importance greater than the roads on which they are driven. (...) We set great store by the increase in private wealth but regret the added outlay for the police force by which it is protected. Vaccum cleaners to ensure clean houses are praiseworthy and essential in our standard of living. Street cleaners to ensure clean streets are an unfortunate expense. Partly as a result, our houses are generally clean and our streets generally filthy.
Not surprisingly, modern economic ideas incorporated a strong suspicion of government. The goal of nineteenth-century economic liberalism was a state which did provide order reliably and inexpensively and which did as little as possible else.
Alcohol, comic books, and mouth-wash all bask under the superior reputation of the market. Schools, judges, and municipal swimming pools lie under the evil reputation of bad kings."


in Galbraith, J.K., "The Aflluent Society", Penguin edn., pp. 115-18

22.5.03

Quanto vale uma vida humana?

Método construtivo: calcular qual o rendimento que um indivíduo conseguiria até chegar à esperança média de vida. Faz-se uma estimativa do rendimento esperado do indivíduo se este não morresse. Para isso, compara-se com a carreira de indivíduos na mesma situação e extrapola-se para o futuro. O problema é que este método confunde os meios com os fins da vida humana. Olha para o rendimento, mas as pessoas não consomem rendimentos mas sim bens e serviços.

Método da preferência relevada: comparar o salário de duas profissões, com e sem risco, mas que exijam as mesmas qualificações à partida (exemplo: porteiro e fuzileiro). Usar o diferencial de salários como uma medida para o valor da vida. Este diferencial corresponderia a uma medida do risco que um fuzileiro tem que suportar na sua actividade. Há dois grandes problemas com este método. Os indivíduos podem não estar devidamente informados sobre o risco dos empregos a que concorrem. Finalmente, a atitude perante o risco depende de cada indivíduo.

Já agora:

- O valor da minha vida é infinito.
- Um livro feio sobre o assunto.

Teoria Pura (mas não dura)

Estão demasiadas coisas a acontecer na actualidade. Que ninguém espere comentários meus acerca da trapalhada que por aí vai. É nestes momentos que me sinto sortudo por ser jovem e estudante universitário (ainda que passe o dia de "greve" a estudar. Na minha faculdade as aulas já acabaram, e de qualquer forma, nunca haveria greve...). Era boa altura para escrever uma generalização tola (pessimismo quanto ao presente...) como faz o Contra-a-Corrente (não acerca dos Smiths e da Hand In Glove, mas acerca do pessimismo quanto ao futuro devido aos seus contactos com estudantes universitários. A parte do "você" é um clássico instantâneo). Não.
Nos próximos posts vou aqui debitar pedaços de teoria económica. Coisas que tenho que saber, em pequenos textos simples.

21.5.03

Ah sim, estive fora e voltei (inserir referência musical).

Duas notas:

- Usar uma teoria que não foi comprovada empiricamente como argumento numa discussão é um alvo fácil.
- As pessoas que são contra a ideia de democracia directa não deviam exigir um referendo sobre a futura constituição europeia, apenas porque pensam que o não irá ganhar.

Os bananas.

Fica a cortesia. Conheçam os bananas. Ao contrário do que tive a oportunidade de ler (num blog, já não me lembro qual), não é obrigatório/praxe fazer isto, ó Pacheco.

16.5.03

Weeding out misconceptions

Three misconceptions in particular need correcting. One is that the convention is everything, and whatever it produces next month will be what EU governments vote on. In fact, governments will use its draft as the basis for their subsequent negotiations. The second is that the convention is an undemocratic stitch-up. A main reason for convening such a working group was to include in it national and EU parliamentarians who normally have no input into treaty revisions.
But the biggest misconception is that the convention draft marks a bigger integrationist step than the 1987 Single European Act (expanding majority voting) and the 1992 Maastricht treaty (introducing the euro and foreshadowing a common EU defence), neither of which Tory governments put to a referendum. The real wrangle this time is over the balance of power between the various EU institutions, precisely in order to keep the EU working when its membership rises to 25 next year.


Para continuar a pensar.
(Texto completo nos comentários)

Vítor Bento no Diário Económico.

Se não for possível voltar a mobilizar a sageza e a clarividência necessárias para atalhar este caminho, re-enquadrar os interesses nacionais num interesse comunitário europeu (contendo as aspirações hegemónicas) e recentrar a natureza multilateral do projecto de integração europeia, este deixará de ser o mesmo que nos trouxe até aqui e arrisca-se a ter como horizonte provável, já não uma solução federal, mas uma solução neo-imperial ou neo-feudal. As intenções de diferenciar as condições de acesso aos lugares de comissário europeu ou de governador do BCE, entre os grandes e os pequenos países, e a substituição das presidências rotativas por um qualquer "directório dos grandes países" são disso sinais que importa contrariar.
Por outro lado e no mesmo contexto, eventuais apelos ou intenções re-armamentistas, visando emular militarmente os EUA, têm que ser vistos com muito cuidado. Não tendo a UE a consistência de uma sociedade política, um tal rearmamento, mais do que europeu, seria um rearmamento das potências europeias, tornando a Europa e o mundo mais perigosos.


Fica para pensar.
(Texto completo nos comentários.)

Elefante Branco

Miguel Sousa Tavares arrasa o Alqueva. Vale a pena ler. Para não voltarmos a cometer o mesmo erro.

15.5.03

A CONTA (2)

Está na moda dizer que o Orçamento não é tudo. Que a consolidação orçamental vai agravar a recessão. Que os custos do agravamento desta recessão (é sempre esta, ninguém quer saber da próxima...), vão ser maiores que os benefícios do orçamento equilibrado. As duas primeiras são verdade, a última ninguém sabe. Mas pouco interessam para aqui. O que interessa é que Portugal excedeu, em 2001, o défice máximo previsto no Pacto de Estabilidade. Entrou por isso em Procedimento de Défice Excessivo. Este ano, terá que manter o valor do défice abaixo dos 3%. Se não o fizer, será depositada uma quantia (não remunerada), que corresponderá, em percentagem do PIB a :

0,2% do PIB + 0,1 x (défice em % do PIB - 3% do PIB)

Ou seja, uma combinação entre uma parte fixa e uma componente que dependerá da dimensão do nosso incumprimento (atenção que este valor nunca poderá exceder os 5% do PIB). Agora, nós comprometemo-nos a isto. Não me venham com conversas da recessão e da guerra no Iraque, porque essas situações foram previstas no Pacto. Nós assinámos este documento. É como se tivéssemos visto a ementa e pedido o prato.

As contas do programa de estabilidade do governo já estão completamente inquinadas. O objectivo já nem é 2,4%, passa agora apenas por evitar esta situação, ou seja, um valor qualquer abaixo dos 3%. Já há várias revisões (não sei se oficiais, por isso não cito ninguém) do valor do défice para 2003. O efeito do abrandamento económico sobe este valor para os 3,3% do PIB, enquanto que o efeito base [as receitas extraordinárias de 2002 não existirem em 2003], crescem o défice para os 3,7% do PIB. Faltam 7 meses para acabar o ano e o que nós precisamos agora é de consolidação orçamental (ou criatividade nas medidas extraordinárias da praxe, esta via não é sustentável num médio prazo).

Assim, espero que todos os que dizem "vamos esquecer a consolidação orçamental" se lembrem que estão ao mesmo tempo a pedir a conta. E meus caros, são 366,32 milhões de euros. Podem começar a fazer uma vaquinha. Ou então fujam sem pagar e calem a boca de vez.

Notas:

1) Em rigor, há hipótese de apenas perdermos os juros associados ao montante depositado (é como se o dinheiro ficasse a pastar debaixo dum colchão). Temos dois anos para recuperar o depósito, corrigindo a situação anómala.
2) A fonte para os valores do PIB. Usei os valores previstos para 2003 (está em Exercício de Fevereiro/2003).

O mito de Laffer



A teoria:

The Laffer Curve is aptly named after Professor Art Laffer. He was an advisor to President Reagan in the early 1980s, but, despite that, he has become quite well known through his 'curve'! He suggested that, as taxes increased from fairly low levels, tax revenue received by the government would also increase. However, as tax rates rose, there would come a point where people would not regard it as worth working so hard. This lack of incentives would lead to a fall in income and therefore a fall in tax revenue. The logical end-point is with tax rates at 100% where no one would bother to work (understandably!) and so tax revenue would become zero.

Tudo bem. Tem toda a lógica.

O mito:

A good example is the myth that Ronald Reagan and supply-side economists claimed the 1981 tax cut would lose no revenue. Based on the "Laffer Curve," they are said to have asserted higher economic growth would raise more revenue at lower tax rates.
In fact, every official estimate made by the Reagan Administration, in the budget and elsewhere, showed large revenue losses associated with the 1981 tax cut. Furthermore, these estimates were comparable to those made by independent agencies such as the Congressional Budget Office (CBO), which predicted federal revenues of $769 billion in 1984, after the tax cut, whereas the Reagan Administration predicted $771 billion.
(Bruce Bartlett)

O lado da curva de Laffer em que estamos (esquerdo/direito) não deve depender de considerações políticas.

Em princípio, eu sou a favor do referendo sobre a Convenção Europeia. Há alguns problemas com os referendos que eu estou ansioso por estudar. Esperem novidades acerca disto nos próximos tempos.
Também podíamos continuar o debate acerca da Europa. A blogosfera tem as condições exactas para o fazer melhor que ninguém (e não depende de publicidade para subsistir).
Sou também a favor que os ministros (e outros negociantes europeus) digam claramente, antes de irem às reuniões intergovernamentais, quais os seus objectivos. Só para não voltarem sempre como vencedores...

14.5.03

Fat Food - Economia da Obesidade

The discussion paper, "Why Have Americans Become More Obese?" by Harvard economists David M Cutler, Edward L Glaeser and Jesse M Shapiro, appeared last January, http://post.economics.harvard.edu/hier/2003papers/HIER1994.pdf.
It concludes that increases in the amount of food that Americans eat are consistent with, and sufficient to account for, the rise in obesity. However surprisingly, it points the finger not at burgers with "three-and-a-half tablespoons" of fat, but at the great convenience of ready-to-eat food, as compared with home-prepared food. Americans are not eating bigger meals, but eating more frequent meals.
You can buy a serving of french fries on impulse if you're slightly peckish and there's a fast food shop nearby. But nobody goes home on impulse to cook a roast potato.
So, what's wrong with fast food isn't so much that it contains fat. What's wrong with fast food is that it's fast.
It turns out that some Italians already knew this. The Italian Slow Food Movement was founded in Rome in 1986, coinciding with the arrival of McDonalds in the city. It spread internationally in 1989, http://www.slowfood.com/.

Post sem interesse, cuja única finalidade é explicar as razões porque não tenho actualizado o blog. Incluir referência musical algures.

Done.

10.5.03

Tenho um texto aborrecido aqui. É sobre os custos psicológicos da evasão fiscal.

Bush Propõe Zona de Comércio Livre para o Médio Oriente

A paz terá obrigatoriamente que passar por aqui.
E nós (UE-NAFTA), quantos anos mais demorará?

(...) Barro (1999) used data on students' scores on comparable international examinations on a growth regression and showed that scores on sciences and mathematics had a positive relationship with economic growth, but scores on the reading test were insignificantly related to growth.
(...)
This means that richer countries are investing less than middle income countries in high-tech human capital, which was not expected.


Economia também é low-tech human capital. Malditas ciências sociais.

Vi aqui.

9.5.03

Make odious debt too risky to issue

(...) An Iraqi move to renounce its debt would have important consequences for international lending generally. Creditors would think twice before lending to repressive or rapacious governments if they did not expect to be repaid. In turn, such regimes might behave better to avoid losing their borrowing privileges.
However, Iraq's repudiation of its debt would also have an unwelcome side effect. Creditors might be more reluctant to lend to a legitimate government out of fear that opinion might later turn against it. Creditors that feared loan nullification would lend at very high interest rates or not at all, so legitimate governments might not be able to borrow to finance worthwhile infrastructure or education projects.
Clearly, the world needs a system to determine which loans should be considered legitimate. The way to prevent lending to illegitimate regimes without jeopardising legitimate borrowing is to make clear in advance which loans will be considered odious rather than nullifying them after the fact. Retroactively, there is a temptation to apply the odious label liberally and nullify legitimate loans as a way of transferring money from the rich to the poor.
A declaration that a particular government is odious and that future lending to it will be considered illegitimate would constitute a new and better form of sanction - a "loan embargo" that cuts off the flow of funds to targeted countries. Profiteers have strong incentives to evade trade embargoes, but creditors would not want to flout a loan embargo because they would risk not being repaid. Creditors would stop issuing loans to odious regimes, not because such loans are illegal or immoral but because they would be more likely to be unprofitable.
If the international community added a loan embargo to its tool kit of economic sanctions, creditors would know the rules of the game in advance and would not risk nullification of their loans. Accordingly, legitimate governments would be able to borrow at lower interest rates. Most importantly, governments deemed illegitimate would find it much harder to borrow in world markets and use the funds to finance repression; and it would become impossible for them to saddle their ill-treated people with debt.
(...)

Dados

Informação imensa sobre todos os países do mundo, trazida a todos nós pela agência de informação central europeia.
Fica celebrado o dia da Europa.

Importa-se de repetir?

As pessoas não são masoquistas

O que os liberais defendem é que as pessoas não são masoquistas. É por não serem masoquistas que reagem positivamente aos incentivos do mercado e negativamente aos incentivos de uma economia comandada.

7.5.03

Vai uma polémica? Boas leituras...

Contexto: O Fenómeno Paul Krugman.

Acusação: O Valete (não estamos a falar de rap) cita um texto que diz que Krugman mente.

A Defesa: Krugman defende-se e é defendido aqui (são os últimos textos).

As Testemunhas Abonatórias: O resto da cambada que também acha que o corte de impostos é má ideia. O site.

Dano Colateral: Quanto à última coluna de Krugman que aqui citei, a fantochada de Bush é independente deste afinal não se ter baldado ao ano de serviço na Guarda Nacional, bem como de Clinton ter feito o mesmo. De resto, tudo o que Krugman escreveu sem saber que afinal não é verdade, desculpem-me, mas não é uma mentira deste. Não deixa de ser reprovável.

6.5.03

É incontestável. O nosso Partido Ecologista Os Verdes é uma fraude. Muitos outros por esse mundo fora também. É preocupante que estes partidos estejam cada vez mais conotados com a esquerda tradicional que com a defesa do ambiente. Retira credibilidade ao movimento.
A próxima campanha dos verduscos é exemplificativa.

"Os Verdes" estão a percorrer o país com a campanha contra a privatização da água, cujo o lema é “A Água é um Bem Público – Não é uma Mercadoria”.

É tão esquerdista, confundir provisão pública com produção pública. Bah.

Enquanto não é lançado um parque de diversões para economistas, inspirado em Nuno Garoupa:

NUNO R. GAROUPA & JOÃO E. GATA - A Theory of International Conflict Management and Sanctioning

Abstract. In this paper we analyze sanctioning policies in international law. We develop a model of international military conflict where the conflicting countries can be a target of international sanctions. These sanctions constitute an equilibrium outcome of an international political market for sanctions, where different countries trade political influence. We show that the level of sanctions in equilibrium is strictly positive but limited, in the sense that higher sanctions would exacerbate the military conflict, not reduce it. We then propose an alternative interpretation to the perceived lack of effectiveness of international sanctions, by showing that the problem might not be one of undersanctioning but of oversanctioning.

Se forem ler, façam como eu, nem olhem para a matemática.

That's maaa Bush.

Paul Krugman bate no ceguinho. É um alvo fácil, alguns dirão irrelevante, mas aqui fica. E em honra da Tanya:

Cliff Richard. An easy target, you say? Why yes! But in the Great War, when a plucky Tommy dragged himself across the hell of No-Man's-Land to the German lines, and there saw a machine-gunner having a quick fag, do you think he said to himself, "Nah, not worth it, mate, easy target.". No, he did not. And pop is JUST LIKE WAR, especially where Cliff is concerned.

(texto nos comentários)

Desenvolvimento, yada yada yada yada yada.

Who currently leads the world in tackling the challenge of development? According to the CDI, the Netherlands, Denmark, and Portugal do. Though they could still perform better, these three nations set an example for other rich nations. But with a combined population smaller than that of Tanzania, these countries can hardly lead alone. The G-7 nations must assume the responsibilities commensurate with their size, power, and economic might.

Aqui.

É preciso boa vontade para descortinar os países. Vi no Complot.

4.5.03

Estive fora nos últimos dias. De novo, leituras atrasadas. Amanhã e depois serão dias decisivos para o meu futuro, cheios de papelada e outras obrigações. Quarta-feira serei avaliado acerca da mais bela história da UE (A união monetária. Também haverá espaço para a política de concorrência e a pac). Há, entretanto, trabalhos por fazer. Não esperem muitas actualizações...

Aconteceu há poucos minutos, o F.C.Porto é Campeão Nacional 2002/03. Avisem-me quando os heróis estiverem em cuecas.