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Um blogue de ensaio e erro sobre Economia.

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24.7.03

Voyeurismo

Zapping. Na SIC Notícias está a dar o Linha de Crédito, com quem julgo ser João Freixa, presidente da Euronext Lisboa. Fala-se sobre a divulgação pública das contra-ordenações iniciadas pela Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). João Freixa, ao que parece, é contra. A actividade do zapping apenas me permite ver duas das razões apresentadas: alguns aspectos jurídicos que apenas recordo vagamente e uma vontade de voyeurismo por parte do público. Os aspectos jurídicos serão importantes, porventura. Parece que tanto as contra-ordenações como os apelos às mesmas, são primeiro julgadas pelo regulador, e que no caso de se recorrer a um tribunal, estão equiparas a simples multas de trânsito. Isto impede o correcto uso do tribunal como árbrito devido à complexidade dos crimes, pouco indicada para um tribunal de pequena instância. Quanto à reclamação de voyeurismo, é anedótica. João Freixa poderá estar preocupado com as consequências da transparência, poderá até pensar que os benefícios não compensam os custos. Mas declarar como voyeurismo o desejo de saber algo que deve ser público (somos todos potenciais investidores) não me parece muito indicado. É como se agora fosse voyeurismo olhar para a estátua do Marquês de Pombal.

19.7.03

Kicking Nozick

Camon Kids.

18.7.03

Ainda a meio gás

Não páro de pensar que devia concentrar-me no meu core business: parar de escrever e aprender alguma coisa.

IVA em vez da SISA

Ah pois é.

Mudança de template

A presidência grega já acabou. Digam adeus a esta imagem.

e-Vote



Ela manda beijinhos.

Já agora, vejam o link por trás da imagem. Por lá podem-se encontrar as conclusões do projecto.

As part of our efforts to reduce the democratic deficit in our enlarging European Union, the Greek Presidency’s e-Vote initiative is probably the broadest online consultation of European citizens ever undertaken at the EU institutional level. Over 163,000 people from across Europe have so far participated in this e-democracy experiment. For us, this online dialogue is an ongoing process to further engage citizens in the EU decision-making process, and to bridge the gap between European citizens and institutions, regions and nations.

Notas sobre Social Responsible Investing

Estou finalmente a conhecer o fenómeno. A ideia dos "stakeholders" é muito problemática. Deixo os comentários mais aprofundados para outra altura. Ainda assim, da primeira vez que li sobre o assunto fiquei entusiasmado com o facto de serem os "shareholders" a terem outros objectivos além do lucro. Isto é que é responsabilidade. Só para acabar, genericamente acredito na capacidade do governo para corrigir falhas de mercado, o que é uma das formas de garantir os interesses dos "stakeholders" através da lei. Não sei se os críticos do SRI rejeitam isto completamente e se o fazem é preocupante. Já se viu que ainda tenho muito para ler sobre este assunto.

4.7.03

Até sempre!

Vou para o desenjoo.

3.7.03

THE MICROPHONES / MT. EERIE

Há Berlusconi e o relatório do Banco de Portugal. Há o Recursos Humanos e o aumento do desemprego. Há que pensar sobre a relação entre as escolhas trágicas que Berlin tanto teme e a recente intervenção militar no Iraque (eles sabiam!). Tenho lido também algumas coisas sobre Social Responsible Investing.
Muitos assuntos e muito tempo livre. Poderia resultar numa sequência aborrecidíssima de posts. Mas, não sei se por causa das férias e do mau tempo, só me apetece ouvir música e ficar sossegado. Assim, se perderam tempo aqui e querem ler um texto realmente fabuloso, leiam isto. Já agora, passem os olhos pela música. Imperdível.

2.7.03

Ich bin ein Berliner

Ein Isaiah Berliner, entenda-se.

Pronto. Também queria fazer esta piada. Já está.
Ando a ler A Busca do Ideal, devagar, como deve ser. Primeiras notas sobre o livro:

- Não duvido que Berlin tenha sido um grande homem mas já vomitava elogios depois de 29 páginas de prefácio e introdução.
- Rever os dois últimos pontos do ensaio homónimo. Fabuloso.

Ler e Aprender

O Perigo da Deflação.

Ainda estou a recuperar as leituras atrasadas do fim de semana.

1.7.03

Paul Krugman - Peddling Prosperity

O livro é interessante. Krugman descreve de forma muito clara o surgimento do Keynesianismo, passando depois pela teoria económica conservadora que dominou os anos 70, e que ele respeita (Monetarismo, Public Choice, entre outras coisas). Estas teorias seriam mais tarde aproveitadas, por vezes de forma desonesta, pelos suply-sidders, sob a asa ideológica de Reagan. Este é o principal assunto do livro. O relato de casos em que a análise económica foi chutada o lado para servir uma ideologia política pré-definida. Histórias de teorias escritas em guardanapos de papel em restaurantes de Washington e legitimadas por jornalistas de publicações conservadoras e think tanks partidários. Alguma propaganda.
Também temos blogs assim, aliás é característica dos blogs ser assim. Preguiçosos. Desonestos. Clubistas.
Krugman descreve depois o aparecimento dos strategic traders, a resposta liberal aos supply siders, que teriam o seu momento de glória com a eleição do presidente Clinton.
É de notar que Krugman é um liberal (em português: é de esquerda) e passa hoje uma parte importante da sua vida a fazer politiquice no New York Times, usando por vezes a economia da mesma forma que tanto critica neste livro. É importante tentar perceber porquê. Presumo que seja uma forma de reacção aos senhores em Washington, que têm-lhe dado bastantes motivos para brincar.

Notas finais:

- A malta de direita ficaria surpreendida com o tratamento simpático que Krugman dá a Reagan na área económica (irrelevante no crescimento, consequências apenas na distribuição de rendimentos).
- Uh.