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1.4.03

Trapalhada

A ministra das finanças reviu a perspectiva de crescimento do PIB para baixo (acho que não disse quanto) e ao mesmo tempo o governo, num acto de descredibilização, baixa o ISP (imposto sobre combustíveis) para manter - artificialmente - o preço do gasóleo. Se isto se mantiver assim, corresponde a um decréscimo de receitas públicas na ordem dos 120 milhões de euro. Não é muito em percentagem do PIB, mas juntamente com a evolução macroeconómica provavelmente mais desfavorável que o assumido no OE2003, é mais um passo atrás na batalha do défice. A juntar ás imprevisíveis autarquias, à difícil redução dos custos de funcionamento nos ministérios, à dificuldade de implementar reformas estruturais e claro, ao facto do défice de 2002 ter sido influenciado pelas coisas extraordinárias que a ministra não gosta muito de admitir (ver portagens). Entretanto a taxa de IRC também baixou e o IVA parece não estar a ter o comportamento esperado depois do aumento de 2 p.p. (mesmo descontando o aumento das transferências para a Segurança Social).
Parece que o grande problema agora está no lado da receita.