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Um blogue de ensaio e erro sobre Economia.

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Pop Chula
buzina

25.3.03

A guerra começou a semana passada. Antes da guerra ter começado a minha posição era, ainda que de forma moderada (leia-se BUSH < HITLER), contra. Sentia desconfiança acerca dos motivos para começar a guerra e acerca dos benefícios líquidos desta campanha. A ideia que tinha (muito vaga, como é de esperar...) é que haveria outras formas de atender a este problema, com menores custos e mais benefícios. A verdade é que não é uma questão económica (no sentido corriqueiro do termo), mas sim moral, e aí estou do lado democrático. Mas isto não chega. Tem que haver um critério, uma razão para atacar ou não atacar. Atacar este e não outro, hoje e não amanhã. Uma justificação do que se está a fazer (e Blair tem tentado...). Quando somos atacados esta justificação é muito fácil. Daí a fraqueza do conceito de ataque preventivo. É um alívio ver Blair a falar do regime change e do verdadeiro objectivo ser acabar com os DMD (dictators of mass destruction). Resta saber se a guerra é mesmo a melhor forma de o fazer. Ainda neste ponto, sempre pressupondo que é apenas o dever moral que move as pessoas que decidiram esta guerra, podemos aplicar um critério de custo-eficácia: menor número de mortos por maiores benefícios. O Iraque, um regime ditatorial há muito dimínuido, entraria no conjunto de países mais em conta. Uma espécie de libertação dos trezentos. Só não gostava nada de ser eu a ter que tomar a decisão.
Entretanto a guerra já começou e os meu desejo é que acabe depressa, de preferência com Saddam a render-se (se me estás a ler, anda lá rapaz). Não sei como vai ser a seguir e só espero que não se cometam os erros do passado. Esta história deixou bem claro que não há santinhos na política, por isso não me peçam para acreditar na santidade dos que reclamam ter clareza moral. Bush assume uma postura messiânica (é ler algumas citações...), e eu fico assustado.